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segunda-feira, 5 de maio de 2014

'Geração Brasil' estreia hoje; veja quem é quem e saiba mais

Em tempos de diversidade de mídias e velocidade de informação, atrair a atenção do público tem sido uma tarefa árdua para as novelas. E o horário das 19h, especificamente, é o que tem se mostrado o mais complicado ao longo dos anos. O último folhetim a ultrapassar a meta de 30 pontos estipulada para a faixa foi Cheias de Charme, de 2012, escrita por Filipe Miguez e Izabel de Oliveira. Por isso, a Globo aposta na mesma dupla de autores para recuperar o Ibope do horário com Geração Brasil. Apesar de ter como pano de fundo a tecnologia, a novela se escora em uma linguagem tão popular como a da saga das empreguetes. "A gente não levanta a bandeira da tecnologia. A gente discute as relações humanas a partir desse viés", explica Filipe.

A história principal gira em torno de Jonas Marra, uma espécie de Steve Jobs brasileiro, interpretado por Murilo Benício. O personagem deixou o Brasil para investir em seu sonho: desenvolver um computador de baixo custo e fácil acessibilidade. No Vale do Silício, nos Estados Unidos, construiu um conglomerado de tecnologia. Mas, depois de um tempo, resolve voltar a morar em seu País, onde conquistou uma legião de fãs. "A ida de Jonas Marra para a Califórnia representa o momento em que o Vale do Silício e grandes marcas como a Apple vieram à tona. O que acho mais interessante da novela é que vai interessar mesmo quem não entende de tecnologia porque tem muita história bacana", disse Murilo. Manu, de Chandelly Braz, é uma das pessoas que querem conhecer Jonas. Formada em Engenharia da Computação, a jovem pernambucana vê na chegada do empresário a oportunidade de conseguir um emprego na Marra Brasil. "A maioria das mocinhas esperam a história acontecer. No caso de Geração Brasil, minha personagem também ajuda a movimentar a trama. Ela é o elo entre os núcleos principais", esclarece Chandelly.

Boa parte dos atores de Geração Brasil integrou Cheias de Charme. Casos de Claudia Abreu, Taís Araújo, Ricardo Tozzi, Isabelle Drummond, a própria Chandelly e Humberto Carrão, entre outros. Depois de uma estreia bem-sucedida como autores titulares, Filipe Miguez e Izabel de Oliveira optaram pelo caminho mais óbvio para a escalação do elenco de seu segundo folhetim. Mas defendem que os personagens de cada intérprete para quem escrevem novamente são diferentes agora. "Adoramos trabalhar com vários atores de Cheias de Charme e saímos da novela com vontade de escrever para muita gente que havia ali", explicou Izabel. "Os intérpretes têm a oportunidade de mostrar o talento porque estão fazendo coisas completamente distintas do que fizeram em Cheias de Charme", completou a diretora de núcleo Denise Saraceni.

Além do Rio de Janeiro, parte das gravações aconteceram na Califórnia, onde fica o Vale do Silício, e no Recife, que conta com o Porto Digital. Para os Estados Unidos, foi escalada uma equipe de cerca de 20 pessoas e mais 100 americanos participaram dos trabalhos, além de atores como Murilo Benício, Claudia Abreu e Lázaro Ramos, entre outros. "Na Califórnia, usamos uma câmara diferente, que ainda vamos receber no Rio de Janeiro. Estamos trabalhando com lentes de cinema, usamos praticamente só lente fixa, sem zoom. Assim, podemos brincar com o tamanho dos planos", explicou Denise. As cenas também contaram com carros modernos, skates e bicicletas elétricas e drones.

Todos esses elementos foram produzidos nos Estados Unidos. Já para as gravações em Recife, viajou uma equipe de 60 pessoas. Dois caminhões transportaram o material de cenografia e 27 malas carregaram os figurinos. Para imprimir veracidade nas sequências, os figurantes eram moradores locais. Além disso, os atores do núcleo de Recife são todos nordestinos, como Chandelly e Luiz Carlos Vasconcellos, que interpreta Fred, pai de Manu. "Ninguém fez sotaque. Isso foi uma busca nossa, não por acaso", frisou a diretora geral Natália Grimberg.

Geração Brasil – Globo – estreia dia 5 de maio, às 19h15

Fonte: Terra