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sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Seleção vê EUA favoritos, mas alerta: "não credencia a nada"

Brasil teve grande atuação na vitória por 3 sets a 0 contra o Japão. Foto: Reuters
Brasil teve grande atuação na vitória por 3 sets a 0 contra o Japão
Foto: Reuters

CELSO PAIVA

Direto de Londres
Mesmo com a bagagem de ser a atual campeã olímpica e de ter feito uma das mais memoráveis campanhas de recuperação do vôlei em uma edição dos Jogos Olímpicos, a Seleção feminina acredita que o favoritismo na decisão do próximo sábado, diante dos Estados Unidos, é do adversário. Com uma trajetória irretocável ao longo da competição ¿ perdendo apenas dois sets na primeira fase ¿ as americanas tentam a revanche de 2008, quando acabaram ficando com a medalha de prata e viram as brasileiras comemorarem.
Apesar de jogar a responsabilidade para o outro lado, a equipe verde e amarela crê que as americanas ainda tem que dar um passo essencial para tirar o segundo ouro do Brasil: fazer valer o favoritismo que tem fora da quadra. "Acho que elas chegam muito fortes, sabemos que hoje talvez elas sejam as favoritas ao título. Não tem porque fugir disso. A gente não fugiu disso em 2008, quando chegamos a Pequim com o favoritismo. Mas isso não credencia nada, a única coisa que elas tem é o favoritismo", disse Fabi.
A meio de rede Fabiana também reconheceu a dificuldade de enfrentar um time que ainda não perdeu na competição, mas deu a receita para superar os poucos erros dos Estados Unidos. "Agora é focar, concentrar, é uma partida difícil. O que vai contar nessa partida agora é coração. A gente sabe que é uma final olímpica. Graças a Deus, o time está mais confiante acho que o grupo está jogando mais solto, mais tranquilo. Então agora é coração dentro de quadra, estudar e focar para gente fazer uma grande partida".
Diferente das companheiras, a oposto Sheilla crê que o favoritismo americano acabou antes da decisão. "Final é final, vai ser um jogaço. A gente vai entrar pra vencer, pra deixar esse ouro no Brasil, que já é nosso. Estados Unidos chegou forte na final, não perdeu nenhum jogo, mas agora é tudo diferente".
A jogadora afirmou que a postura do Brasil será totalmente diferente do que foi apresentado na primeira fase, quando o time acabou derrotado pelas americanas por 3 sets a 1. "Com certeza, acho que o jogo que a gente fez na primeira fase com elas não conta. Até o jogo que a gente fez com a Coreia, a gente estava se encontrando dentro de quadra, meio ainda que o jogo não saía. Agora é outro Brasil e a gente vai buscar este ouro".

Terra Noticias