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quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Defesa de ex-deputado do PP cria defesa interativa para iPad


Os advogados do ex-deputado Pedro Corrêa desenvolveram um aplicativo para iPad para mostrar aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) uma defesa interativa do ex-presidente do PP, acusado de envolvimento no recebimento de dinheiro do mensalão. Segundo o advogado Marcelo Leal, o app, que poderá ser baixado a partir desta sexta-feira gratuitamente, tem como objetivo suprir a carência da apresentação audiovisual, que foi vetada pelo Supremo na semana passada.
"Além dos memoriais escritos para os ministros, produzimos um memorial eletrônico, na forma de aplicativo de iPad. Será uma nova forma de transmitir a defesa", disse Leal, que defenderá seu cliente nesta quinta-feira.
Presidente do PP à época do escândalo do mensalão, o ex-deputado federal Pedro Corrêa autorizou, segundo a denúncia, o assessor do partido João Cláudio Genu a sacar R$ 700 mil do valerioduto. A acusação afirma que parlamentares do PP receberam R$ 2,9 milhões para votar a favor do governo Lula na Câmara. Cassado em 2006 por quebra de decoro parlamentar, Corrêa é réu por formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e corrupção passiva.
O mensalão do PT
Em 2007, o STF aceitou denúncia contra os 40 suspeitos de envolvimento no suposto esquema denunciado em 2005 pelo então deputado federal Roberto Jefferson (PTB) e que ficou conhecido como mensalão. Segundo ele, parlamentares da base aliada recebiam pagamentos periódicos para votar de acordo com os interesses do governo Luiz Inácio Lula da Silva. Após o escândalo, o deputado federal José Dirceu deixou o cargo de chefe da Casa Civil e retornou à Câmara. Acabou sendo cassado pelos colegas e perdeu o direito de concorrer a cargos públicos até 2015.
No relatório da denúncia, a Procuradoria-Geral da República apontou como operadores do núcleo central do esquema José Dirceu, o ex-deputado e ex-presidente do PT José Genoino, o ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares, e o ex- secretário-geral Silvio Pereira. Todos foram denunciados por formação de quadrilha. Dirceu, Genoino e Delúbio respondem ainda por corrupção ativa.
Em 2008, Sílvio Pereira assinou acordo com a Procuradoria-Geral da República para não ser mais processado no inquérito sobre o caso. Com isso, ele teria que fazer 750 horas de serviço comunitário em até três anos e deixou de ser um dos 40 réus. José Janene, ex-deputado do PP, morreu em 2010 e também deixou de figurar na denúncia.
O relator apontou também que o núcleo publicitário-financeiro do suposto esquema era composto pelo empresário Marcos Valério e seus sócios (Ramon Cardoso, Cristiano Paz e Rogério Tolentino), além das funcionárias da agência SMP&B Simone Vasconcelos e Geiza Dias. Eles respondem por pelo menos três crimes: formação de quadrilha, corrupção ativa e lavagem de dinheiro.
A então presidente do Banco Rural Kátia Rabello e os diretores José Roberto Salgado, Vinícius Samarane e Ayanna Tenório foram denunciados por formação de quadrilha, gestão fraudulenta e lavagem de dinheiro. O publicitário Duda Mendonça e sua sócia, Zilmar Fernandes, respondem a ações penais por lavagem de dinheiro e evasão de divisas. O ex-ministro da Secretaria de Comunicação (Secom) Luiz Gushiken é processado por peculato. O ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato foi denunciado por peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
O ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha (PT-SP) responde a processo por peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A denúncia inclui ainda parlamentares do PP, PR (ex-PL), PTB e PMDB. Entre eles o próprio delator, Roberto Jefferson.
Em julho de 2011, a Procuradoria-Geral da República, nas alegações finais do processo, pediu que o STF condenasse 36 dos 38 réus restantes. Ficaram de fora o ex-ministro da Comunicação Social Luiz Gushiken e do irmão do ex-tesoureiro do Partido Liberal (PL) Jacinto Lamas, Antônio Lamas, ambos por falta de provas.
Presidente do PP à época do escândalo do mensalão, o ex-deputado federal Pedro Corrêa autorizou, segundo a denúncia, o assessor do partido João Cláudio Genu a sacar R$ 700 mil do valerioduto. A acusação afirma que parlamentares do PP receberam R$ 2,9 milhões para votar a favor do governo Lula na Câmara. Cassado em 2006 por quebra de decoro parlamentar, Corrêa é réu por formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e corrupção passiva.

Terra Noticias